Jogo da negação - "Você quer me dar...?"/ "Quem me dá...?"
Com esse jogo, as crianças terão a oportuindade de compreender melhor o princípio da contradião, isto é, que, se uma peça está em um lugar, não pode, ao mesmo tempo, estar em outro.
Duas equipes A e B sentam-se de cada lado de uma mesa, uma em frente da outra. A mesa deve conter uma separação que impeça cada equipe de ver o que a outra tem. Cada equipe recebe e conserva a metade do universo das peças no seu próprio lado. Cada componenete das equipes por sua vez solicita à equipe da frente uma peça, a qual deve ser indicada sempre sor seus quatro atributos.
A partida começa e, por exemplo, o primeiro jogador da equipe A fala: "Você quer me dar o triângulo grande, fino, vermelho?" Se esta peça estiver no lado oposto, será entegue, sem direito a devolução.
Depois é o primeiro jogador da equipe B que examina as peças que estão do seu lado e pede: "Quem é que me passa o retângulo pequeno, fino, amarelo?"
As peças "compradas" devem ficar ao lado, de maneira que as duas equipes as vejam.
No início, as crianças pedem, às vezes, peças que já estão do seu lado. Isso ocorre porque elas não se dão conta de que uma peça não pode estar ao mesmo tempo nos dois lados da barreira. A partida termina quando uma das equipes consegue dez peças da outra. Não será mais necessário repetir o jogo a partir do momento em que as crianças não errem mais, solicitando peças que já possuem.
Jogo de esconder peças - espalha-se pelo chão todo o universo das peças. As crianças ficam de costas e o professor subtrai uma das peças. É necessário descobrir qual peça foi escondida, o mais depressa possível. Em geral as crianças ordenam as peças e acham ligeiro a que falta.
A segunda etapa consiste em esconder várias peças, dizendo às crianças quantas foram escondidas. Elas podem ainda pôr as peças em ordem para descobrir aquelas que faltam.
Num terceiro estágio, o professor esconde uma só peça. No entanto, as crinaçs não têm mais o direito de tocar nas peças. Devem ordená-las de cabeça somente.
No quarto estágio, que é o mais difícil, o professor não diz quantas peças pegou nem mpermite que toquem nas que ficaram. Será necessário achar a resposta mentalmente. O professor deve lembrar às crianças, a título de verbalização, os procedimentos normais de designação das peças. em seguida, é preciso também recordar as designações de peças ou de conjuntos que comportam o emprego da negação (nã). O jogo precedente põe esta exigência em prática.
A diferença, agora, está em que toda peça deve ser solicitada com o emprego da negação (não). Isto exige atenção porque há uma grande diferença entre um quadrado não grande, não fino, não vermelho e um não quadrado, não grande, não fino, não vermelho.
É preferível, em uma primeria fase, qua as crianças empreguem apenas um atributo pela negação, de sorte que dirão, por exemplo, "não grande" em lugar de "pequeno", e "não pequeno" emligar de "grande". Já na segunda fase, as crianças passam a dois atributos enunciados pela negação e os jogadores se expressarão, por exemplo, com "não fino" em lugar de "grosso" e "não grosso" em lugar de "fino". Assim, pedirão um "círculo não grande, não grosso, vermelho", quando quiserem um "círculo pequeno, fino, vermelho". Na etapa seguinte é mais difícil pedir, porque há mais de uma escolha. Se pedirem um "quadrado não vermelho", poderão receber quer um quadrado amarelo, quer um quadrado azul e será preciso praticar o jogo por mais tempo.
Na última etapa, o número de escolhas é ainda maior, porquanto o pedidio de um "não quadrado" corresponde à oferta de um círculo, ou de um triângulo, ou ainda de um retângulo.
Quando uma peça é solicitada e recebida, não deve ser pedida novamente. quando as crianças tiveremadquirido certa prática na designação das diferentes peças, primeiramente pelo seu nome e depois pela negação, acharão mais fácil a indicação de conjuntos pelo mesmo processo. Portanto, o professor precisa recorrer a este jogo para que favoreça a formação da simbolização verbal.
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